Dicas para armazenamento de alimentos – Essencial para o setor de alimentação
Em casa nós costumamos passar batidos e muitas vezes sequer olhamos os cuidados que devemos ter para armazenar os alimentos que compramos no supermercado ou em qualquer outro estabelecimento. No entanto, se observarmos bem, em cada embalagem contém a forma como as comidas devem ser armazenadas, para que, dessa maneira, evitemos problemas, não só para nós, mas também para a saúde de nossos familiares e amigos.
Se você ficou interessado e quer saber mais sobre este assunto, acompanhe-nos na leitura deste conteúdo e entenda melhor como funciona, de forma geral, o processo de armazenamento de alimentos, tanto em casa, quanto em bares, lanchonetes e restaurantes.
O armazenamento de alimentos em casa
O cuidado com o armazenamento adequado daquilo que vamos consumir dentro de casa é essencial, pois garante que não tenhamos prejuízos à nossa saúde e nem a saúde de nossos familiares em algum momento.
Como dissemos, por mais que muitos pensem que se trata de uma tarefa fácil, ainda existem diversas dúvidas que envolvem o armazenamento alimentar e que merecem a devida atenção, uma vez que, a depender da forma como guardamos a comida, conseguimos manter as propriedades nutricionais, evitando, com isso, que haja contaminação por meio de microrganismos, capazes de atingir a nossa saúde.
Se assunto forem os alimentos perecíveis então, aí é que os cuidados precisam ser redobrados, já que a falta dele pode acabar ocasionamento a contaminação cruzada, a deterioração mais acelerada, bem como o desperdício de alimentos e gastos desnecessários no futuro.
Por mais que pareça algo chato de se preocupar, dar atenção a este ponto e passar a guardar os alimentos da forma correta vai contribuir para que você encontre com mais facilidade as frutas e hortaliças, que são os tipos de comidas que vão te ajudar a ter uma alimentação ainda mais saudável.
Veja, a seguir, de que maneira você pode trabalhar melhor no armazenamento de alimentos em casa e, com isso, desenvolver uma relação saudável com a comida que você consome.
Ovos
O primeiro alimento sobre o qual vamos falar é o ovo, que, por ser perecível, pede que tenhamos cuidados na hora do armazenamento. Sendo assim, quando for guardá-lo leve-o à geladeira, de preferência deixando nas prateleiras mais ao fundo e não na porta, como muitos têm o costume de fazer.
Se você não armazenou da maneira correta e desconfia que ele pode estar estragado, o que você deve fazer para descobrir é chacoalhá-lo de forma leve, para observar se o conteúdo dele vai se movimentar ou não. Caso isso aconteça, é porque o ovo já está velho e não deve ser consumido.
Outro forma de saber se o ovo está próprio para consumo é encher uma vasilha pequena com um pouco de água e sal e colocá-lo dentro. Se ele afundar, com certeza está bem fresco e pode ser consumido.
Hortaliças
Seguindo adiante com as recomendações para o armazenamento alimentar correto dentro de casa, agora vamos falar sobre as hortaliças, que, pode se tratarem de verduras folhosas, pedem de nós alguns cuidados extras.
Aqui, a primeira coisa a se fazer é observar se há folhas mais machucadas e retirá-las, junto com a terra e os insetos, caso apareçam. Depois, se as hortaliças que você comprou se tratarem de vegetais folhosos, opte por armazená-los à uma temperatura de 10ºC, lembrando que os mesmos não podem ultrapassar o período de três dias armazenados.
Outro cuidado que se deve ter é de guardá-los totalmente secos e em sacos ou vasilhas com algum tipo de abertura, já que são alimentos que precisam respirar, para que durem mais e mantenham-se próprios para o consumo.
Frutas
Com relação às frutas é preciso que cuidados de armazenamento também sejam tomados, para que assim seja possível se garantir a segurança alimentar dentro de casa. Isso porque estamos falando de um tipo de alimento que solta um gás de nome etileno, que ao entrar em contato com outros alimentos que também emitem este mesmo gás, acabam acelerando a maturação de ambos.
Neste sentido, para evitar que isso aconteça, o ideal é separar uma fruta da outra, para que, dessa maneira, elas não acabem se prejudicando.
Assim, a título de informação, os maiores produtores de etileno, que devem ser mantidos a distância de outras frutas são o abacate, a banana, maçã, uvas, abacaxi, figo, manga, tomate, melão e algumas outras.
No caso destas frutas e de todas as outras que produzem etileno, para que você evite que elas amadureçam rápido demais, você pode armazená-las em fruteiras, ficando sempre de olho neste processo de amadurecimento.
Agora, no que diz respeito às outras frutas, elas podem tranquilamente ser guardadas na geladeira, principalmente se forem descascadas ou picadas, uma vez que neste estado, elas precisam ainda mais de refrigeração.
Legumes
Os cuidados com os legumes também envolvem a observação de possíveis machucados, analisando se os mesmos estão devidamente saudáveis. Depois disso, o que você vai fazer é separar cada um deles, de acordo com a sua classificação, ou seja, tubérculos, legumes de bulbo e de frutos devem ser armazenados de forma separada.
Feito isso, a dica é que você evite colocá-los todos na geladeira, uma vez que alguns deles mantém-se melhor conservados fora da refrigeração, como é o caso da batata, que se dá melhor em ambientes secos e escuros.
Além da batata, o pepino, o tomate e a cenoura, também são exemplos de alimentos que devem ser mantidos fora da geladeira. Isso porque eles são bastante sensíveis à umidade e requerem lugares mais secos, para que se mantenham melhor conservados.
Na hora do consumo, a preferência é que você descasque e pique este tipo de alimento somente na hora que for consumi-lo. Caso não seja possível, lembre-se que eles só podem ficar na geladeira por até três dias.
Carnes
Falando agora das carnes, é importante que você saiba e se lembre que aquelas que você comprar e não utilizar de imediato para preparar algum tipo de prato, você deve separá-las em pequenas porções e congelá-las, pois, quando precisar, você só descongela a quantidade exata que for utilizar mesmo. Este cuidado é essencial, porque a partir do momento que se descongela o alimento, o mesmo não pode ser congelado novamente, já que se torna impróprio para o uso.
O cuidado acima é com relação às carnes cruas. Agora, no que diz respeito às carnes cozidas, ou seja, que já foram preparadas em algum prato, é importante que você se lembre que pode sim levá-las ao congelamento, porém, mantendo-as assim por no máximo três dias e em potes de vidro tampados.
O armazenamento nos estabelecimentos do segmento de alimentação
Os estabelecimentos que atuam no segmento da alimentação devem, primordialmente, zelar pelo armazenamento e estocagem corretos, pois, fazendo isso, conseguem garantir que refeições de qualidade, sabor e excelência cheguem até os clientes, conforme tem que ser.
Confira abaixo, quais os cuidados essenciais que lanchonetes, restaurantes e afins precisam ter para o bom armazenamento dos alimentos que estocam.
Estocagem
É primordial que os lugares onde os alimentos serão estocados estejam devidamente higienizados, limpos, ventilados e sem nenhum tipo de vazamento. Eles também precisam contar com sistemas próprios de fechamento, pois, dessa maneira, é possível controlar a temperatura e também a luminosidade. No momento em que estes locais forem lavados e desinfetados, é importante que se observe se não há embalagens vazias, que precisam ser devidamente descartadas.
Identificação
Assim que os alimentos chegarem para o devido armazenamento, eles precisam ser retirados de suas embalagens secundárias, para que, assim, sejam identificados com etiquetas, que contenham o nome do produto, da fabricante, as datas de fabricação e validade, entre outras informações importantes.
Empilhamento
Sobre o empilhamento, a recomendação é que este seja realizado de uma maneira que o peso de uma embalagem ou de um alimento em si, não acabe por danificar o outro que está embaixo. Para evitar que isso aconteça, o que as empresas podem fazer é contar com prateleiras, empilhando os alimentos de forma alinhada e com altura limitada,
Outro ponto fundamental aqui é deixar um espaço ideal, que permita a circulação de ar entra uma pilha de alimento e outra, devendo seguir as dimensões de 25 cm de distância do chão, 60 cm de distância do teto e 10 cm da parede.
Afastando os isentos
Para evitar que ocorra o aparecimento de insetos, as empresas costumam separar os alimentos industrializados dos cereais e também dos grãos.
Alimentos crus
Por serem fontes de bactérias, caso não sejam adequadamente armazenados, as aves, peixes, ovos, frutos do mar, bem como as carnes cruas precisam ser mantidas afastadas dos alimentos estocados, para que assim estas bactérias não contaminem os alimentos em estoque.
Temperatura
Quando o assunto são alimentos que são levados à refrigeração, é preciso que a temperatura esteja em um grau ideal, para que evite-se que os mesmos se deteriorem. Este cuidado é muito importante dentro do segmento alimentício, porque a refrigeração adequada faz com que a incidência de bactérias, como a salmonela, por exemplo, diminua de forma considerável.
Zona de risco
Quem trabalha no segmento da alimentação conhece ou menos deveria saber que há uma zona de risco, que está relacionada às temperaturas que variam entre 5ºC e 57ºC. Isso quer dizer que os alimentos que estiverem ou forem estocados nestas temperaturas correm o risco do surgimento de bactérias e de fazer com que estas se reproduzam com maior rapidez e facilidade.
Sendo assim, contar com termômetros e verificar a temperatura de geladeiras e freezers com frequência, ajuda a evitar que isso aconteça.
Queda de energia
Caso isso aconteça nos estabelecimentos, os responsáveis são orientados a manter os refrigeradores bem fechados e vedados, para que, dessa maneira, seja possível manter o resfriamento dos alimentos. Quando a energia volta, é preciso que se verifique se a temperatura está no grau recomendado, que é abaixo de 5ºC. Caso existem alimentos que permaneceram por mais de duas horas acima deste grau, é expressamente recomendado que os mesmos sejam descartados, pois podem ter sido contaminados.
Mantendo a higiene
A higiene é requisito fundamental para que se conte com a qualidade e se garanta a saúde e segurança alimentar, tanto no preparo, quanto ao servir as refeições dentro de um restaurante ou lanchonete.
Neste sentido, é essencial que todos os tipos de estabelecimentos alimentícios sejam realmente rigorosos neste quesito, principalmente em seus estoques, equipamentos, na cozinha e no local como um todo.
Para isso, o recomendado é a utilização de bons produtos de higiene, que tenham ação desinfetante, desengordurante e esterilizante, lembrando sempre de mantê-los bem distante dos alimentos, ficando em locais separados e próprios para a sua armazenagem.
Cuidar de cada um destes pontos, tanto em casa, quanto em quaisquer tipos de estabelecimentos de alimentação vai garantir que todos tenhamos segurança na hora de nos alimentarmos.
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